Apoio Humanitário: por que intervir em ações emergenciais?

Fotografia: Ismael Paramo | Reprodução do Unsplash | 2021

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Crises humanitárias são caracterizadas por eventos que afetam um grande número de pessoas, ampla ou isoladamente, e são oriundas de cenários extremamente vulneráveis. Esses episódios, além de impactarem populações que estão socialmente mais expostas, acentuam desigualdades e escancaram a necessidade de instituições estabelecerem ações pragmáticas para atenuar condições de crise aguda.

De acordo com a ONU (Organizações das Nações Unidas, 2022), estima-se que 339 milhões de pessoas precisarão de Apoio Humanitário em 2023, sendo necessário o investimento de R$ 51,5 bilhões em ações de contenção, a fim de suprir as demandas que vêm se tornando cada vez maiores com o prolongamento das crises, de acordo com o mesmo órgão.

Em situações cujas mudanças se dão de maneira drástica e culminam, por muitas vezes, em perdas irreparáveis, oferecer apoio material, logístico, financeiro e legal é uma das formas de amenizar as tragédias que acometem determinadas regiões e ou populações, a fim de garantir os direitos básicos das pessoas afetadas. Por isso, a intervenção rápida e estruturada em situações de crise humanitária, independente de sua origem, é tão importante de ser estabelecida e executada.

Como desenvolver uma ação de apoio emergencial?

1. Crie e mantenha um comitê dentro da sua empresa

Situações emergenciais são chamadas assim por uma razão; Elas ocorrem por inúmeros motivos, entretanto, possuem um aspecto em comum: acontecem e se agravam rapidamente. Ter um comitê responsável por analisar os cenários é fundamental para entender o impacto da crise e seus desdobramentos, tornando possível a rápida e assertiva tomada de decisão.

2. Mapeie as necessidades específicas e parceiros 

Em situações de Apoio Humanitário existem diversos desafios, especialmente logísticos. Para atender adequadamente às comunidades impactadas, mapear as necessidades específicas e os possíveis parceiros é uma das principais etapas, já que é aqui que a empresa poderá compreender o que realmente a população precisa e quem são as pessoas ideais para apoiar a execução da ação. Este passo é o que vai determinar o tipo de investimento que deve ser feito e por quem.

3. Desenvolva um relatório de transparência

Uma ação de Apoio Humanitário serve única e exclusivamente à sociedade e suas demandas, e, independente do investimento feito, é necessário que todos envolvidos no processo tenham conhecimento de como o recurso foi utilizado, incluindo a sociedade civil. Desenvolva um relatório de transparência que dê luz à destinação de todo o aporte, garantindo que as informações mostrem, por exemplo, a quantidade de pessoas beneficiadas – preservando suas identidades – e destinação precisa do investimento.

4. Crie um programa de acompanhamento das comunidades afetadas

Mais que prestar apoio pontual, é imprescindível que a região/população impactada pela crise receba acompanhamento posterior à crise. Essa continuidade permite que a empresa entenda e apoie as necessidades de retomada do desenvolvimento social e econômico daquela comunidade, buscando meios para apoiar a reestruturação e potencializar o retorno das atividades.

O Fundo de Apoio às Costureiras de Petrópolis foi uma das iniciativas do Instituto C&A que seguiu todas essas etapas, aportando R$ 65 mil na compra de maquinários, vale-alimentação, vale-tecidos e suporte psicológico a 52 costureiras da região.

Como o Instituto C&A atua em Apoios Humanitários

No Instituto C&A, a frente de Apoio Humanitário responde rapidamente a situações de calamidade pública no Brasil, articulando e mobilizando outras organizações e atores da sociedade civil para enfrentar crises sociais, ambientais e sanitárias.

O pilar social da C&A Brasil somou esforços e investiu financeiramente, em 2020 e 2021, no combate à pandemia da Covid-19, apoiando o plano de vacinação ao mesmo tempo em que trabalhou para adquirir insumos básicos para atuar nas comunidades mais afetadas. Já no último ano, a frente esteve presente em muitas ações de apoio emergenciais; 6 regiões brasileiras foram apoiadas e mais de 7,2 toneladas de alimentos foram doadas em 2022, oferecendo resposta imediata e adequada à realidade das populações afetadas.

Em 2023, o Instituto C&A se uniu à Ação da Cidadania na ação SOS Yanomami para apoiar o combate ao cenário de insegurança alimentar que acometeu a maior reserva indígena do país. Em parceria com a Gerando Falcões, apoiou a campanha #TamoJunto e aportou R$ 30 mil para apoiar as famílias vítimas das enchentes no Litoral Norte de São Paulo.

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